Perigo em órbita
O lixo espacial, também chamado de
detritos espaciais, são objetos artificiais que não possuem mais utilidade e
estão em órbita da Terra. Estes objetos formam uma espécie de nuvem sobre o
planeta. Possuem tamanhos e pesos variados (de gramas até toneladas). Ficam
orbitando nosso planeta a uma velocidade de aproximadamente 35 mil km/h. Cerca de 4.000 satélites foram lançados na órbita
do nosso planeta, muitos deles atualmente estão desativados e
aproximadamente 200 deles caem na Terra todo o ano. Exemplo de lixo espacial são detritos de satélites,
restos de foguetes, ferramentas perdidas pelos astronautas, partículas de
tintas, combustíveis e muitos outros.
Um dos problemas é o choque entre estes
detritos e satélites que estão em funcionamento. A colisão com estes detritos
pode danificar estes equipamentos ou até deixá-los inativos, aumentando ainda
mais o lixo espacial. O grande problema é que quanto
maior a altitude de um lixo espacial, mais tempo ele permanecerá em órbita. Muitos
destes detritos pequenos caem no planeta, porém acabam queimando antes de tocar
o solo. Os maiores podem atravessar a atmosfera terrestre e atingir o solo,
causando estragos. Muito desse lixo acaba caindo nos oceanos aumentando também
a poluição dos mares.
Outro
problema apontado por especialistas é com relação ao futuro. Dentro de algumas
décadas, se a quantidade de lixo espacial continuar a crescer, ficará praticamente
inviável enviar e mantiver satélites na órbita terrestre. Em 2014, a Estação Espacial Internacional (ISS) teve de mudar de lugar
três vezes para escapar de pedaços letais de detritos espaciais, que também
ameaçam satélites cruciais e caros atualmente em órbita.
Os sistemas da ISS responsáveis por recursos vitais aos
astronautas são também tem sua principal vulnerabilidade em caso de impacto com
o lixo espacial diz que o módulo pressurizado, é como se fosse à cabine do
foguete, em um vácuo pode se comportar como um balão se furado. Em
2015 a "conjunção vermelha"
(quando um detrito chega tão perto que passa a ser uma ameaça para a estação
espacial) foi atingida com um fragmento de um satélite russo, demonstrando que
o aumento dos riscos causados pelo lixo espacial.
Apesar dessas ocorrências, a estação orbita hoje em uma
altitude na qual o número de detritos é relativamente pequeno. Em altitudes
maiores, a quantidade de lixo espacial cresce substancialmente, embora apenas
naves robóticas estejam expostas por lá. Estão nessa condição, porém, alguns dos
satélites mais importantes para entender nosso planeta. A tecnologia ainda não conseguiu produzir um equipamento
capaz de recolher o lixo espacial. A única solução plausível até o momento é
direcionar os satélites para as chamadas órbitas-cemitério, o que seria
basicamente programar um satélite para seguir uma rota orbital distante da
Terra, assim que seu tempo útil se esgotasse.
Lixo espacial em órbita
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