Primeira Cruzada: O Começo de Tudo

Hoje em dia, quando ligamos a TV, abrimos um jornal, ou acessamos qualquer outra fonte de informação, nos deparamos com inúmeras notícias de conflitos étnicos estimulados por divergências políticas, econômicas e/ou religiosas. Conflitos como esses não surgiram recentemente, sendo que muitos desses veem se estendendo por séculos de história. Na Idade Média não poderia ser diferente, período marcado pela violência na sociedade, conhecida como Era das Trevas. Um conflito que marcou tal época, foi a guerra entre o cristianismo ocidental (Igreja Católica) e o Islamismo asiático: As Cruzadas. Mas você sabe como foi essa guerra? Sabe por que e onde ocorreram? Quais os motivos e seu impacto nos dias de hoje? Isso tudo descobriremos a seguir em um conjunto de textos explicando sobre o ocorrido.

No início do século VII, em meio a uma dominação política, econômica e religiosa da Igreja Católica e uma sociedade tomada pela violência, surge uma nova crença monoteísta na península arábica denominada Islã. Tal crença foi fundada por Maomé, um mercador árabe, que através de um poderio militar estatal sustentado por rígidas leis religiosas e excelentes estratégias comerciais expansionistas, conseguiu difundir o Islã em pouco tempo por todo Oriente Médio, pelo norte da África chegando até a península Ibérica. O Islão era uma religião que mesmo influenciada pelo catolicismo e judaísmo, opunha-se a ambos. Seu livro sagrado, o Corão, que teria sido revelado por Alá (Deus) a seu último profeta, Maomé. Um conceito importante no islamismo é o de jihad, ou seja, um empenho para expandir o islã a nível mundial. Um esforço que por muitas vezes se fez presente em conflitos militares contra outros estados não islâmicos.

Após a morte de Maomé, em 632, os muçulmanos, motivados pela fé islâmica, desencadearam conquistas sucessivas em lugares como a península da Arábia, a Síria, a Palestina, o Império Persa, o Egito e por volta do século VIII, os exércitos islâmicos já haviam conquistado o Norte da África Cristão e as cidades portuárias da Espanha.

Tanto no Oriente Médio e no norte da África quanto na Península Ibérica, os sarracenos foram relativamente tolerantes com os cristãos e os judeus. Eles geralmente não eram forçados a se converterem ao islamismo, mas tinham de pagar um imposto caso não o fizessem. Em todas essas regiões, muitos acabaram aderindo à nova religião. Em diversas áreas que conquistaram, os seguidores de Maomé criaram grandes centros de civilização, como foi o caso de Bagdá, o Cairo e a Espanha.

Em 1070, Jerusalém foi tomada pelos turcos (otomanos), muçulmanos que começaram então as perseguições e profanações aos cristãos. A “Terra Santa” é de importância até hoje para três doutrinas religiosas: o Judaísmo, por ter sido a capital do reino de Judá e por abrigar as ruínas do Templo de Salomão; o Cristianismo, por ser o local onde Jesus padeceu e foi morto, segundo as indicações bíblicas; e o Islamismo, porque lá se localiza a mesquita que abriga o Domo da Rocha, ou seja, o rochedo de onde Maomé, supostamente teria alçado voo ao céu. Com Jerusalém dominada, os turcos continuavam a expandir os seus domínios e ameaçavam conquistar Constantinopla, capital do Império Bizantino inteiramente regida pela Igreja Ortodoxa, esta última que, da divisão da Igreja Cristã, surgiu há alguns anos antes, em 1054, mas também de tradição cristã.

Os bizantinos, por sua vez, já tinham perdido o poder político, as áreas de impostos, o recrutamento de soldados e parte de seu prestígio, então, o Imperador de Constantinopla, Aleixo I, temendo a dominação islâmica, deixou de lado a rivalidade entra a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica e pediu ajuda a última, que na época era a maior instituição ocidental.

Fonte:

Documentário “As Cruzadas: A Meia Lua e a Cruz; A Primeira Cruzada”

http://www.catedralortodoxa.com.br/entendendo

http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/273/cristaos-e-muculmanos-uma-longa-historia-de-conflitos

http://www.veritatis.com.br/apologetica/igreja-papado/a-verdade-sobre-as-cruzadas/

http://www.sohistoria.com.br/ef2/cruzadas/