Primeira Cruzada: A Cruzada dos Nobres

Após a decisão da Igreja em iniciar uma expedição militar a Jerusalém para reconquistá-la e convencer o povo a participar do movimento, quase um ano após o sermão do Papa Urbano II, iniciou-se a expedição que levou milhares de soldados em direção a Terra Santa.

Em 15 de agosto de 1096, Urbano II declarou a Primeira Cruzada (ou Cruzada dos Nobres) – que na época não era conhecida assim, mas sim de Guerra Santa. Exércitos da França, Alemanha e Itália, iniciaram uma marcha de 5000 quilômetros.

Utilizando cruzes vermelhas em suas vestes, que sinalizavam a motivação religiosa do conflito, os cruzados foram comandados por líderes militares como: Raimundo IV de Toulouse, talvez o mais carismático líder no início da expedição, já tinha participado da Reconquista e era acompanhado pelos cavaleiros da Provença e pelo legado Ademar; Boemundo de Taranto, líder dos normandos do sul da península Itálica, velhos inimigos do Império Bizantino, acompanhado pelo seu sobrinho Tancredo de Altavila; Roberto II da Normandia (irmão do rei Guilherme II da Inglaterra) e Estêvão de Blois (neto de Guilherme I de Inglaterra) traziam o contingente do norte da França.

Mas tinham também outros líderes. Hugo I de Vermandois, irmão de Filipe I da França, portador do estandarte papal comandou o primeiro contingente a chegar a Constantinopla. Saiu da França em meados de agosto e passou pela Itália, recebendo o estandarte de São Pedro em Roma. No caminho, muitos dos seguidores do conde Emico juntaram-se a eles após a derrota que tinham sofrido contra os húngaros. Ao contrário dos outros exércitos cruzados que viajaram por terra, este atravessou o mar Adriático, partindo de Bari. Mas uma tempestade ao largo do porto bizantino de Dirráquio destruiu muitos dos seus navios. Os sobreviventes foram resgatados pelos bizantinos e escoltados para Constantinopla, onde chegaram em novembro.

A frente do exército do norte da Europa estava o Duque Godofredo de Bulhão, um homem devoto que levou vários monges junto para auxiliar nas preces diárias, trazia um exército da Lorena, juntamente com os seus irmãos Eustácio III de Bolonha e Balduíno de Bolonha, e foi acompanhado por Roberto II da Flandres e os seus flamengos. Godofredo de Bulhão e os seus irmãos seguiram pela "Estrada de Carlos Magno" como, segundo o cronista Roberto o Monge, Urbano II terá chamado a este trajeto (que passava por Ratisbona, Viena, Belgrado e Sófia). Ao passarem pela Hungria tiveram alguns conflitos com os locais, que já tinham sido atacados pelas diferentes vagas da Cruzada Popular.

Durante quase seis meses, o exército de Godofredo percorreu milhares de quilômetros cruzando o leste europeu, até, finalmente juntar forças com outros exércitos do sul no local previamente combinado, o centro espiritual do cristianismo oriental: Constantinopla.



Fontes:
http://verdadeurgente.blogspot.com.br/2015/03/a-verdadeira-historia-das-cruzadas.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Cruzada
http://guerras.brasilescola.uol.com.br/idade-media/a-primeira-cruzada.htm
http://brasilescola.uol.com.br/historiag/primeira-cruzada-conquista-jerusalem.htm
Documentário “As Cruzadas: A Meia Lua e a Cruz; A Primeira Cruzada”

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