O tema de HOJE é Modernidade Líquida


      O sociólogo polonês Zygmunt Bauman nasceu no dia 19 de novembro de 1925 em Poznán, e faleceu no dia 9 de Janeiro de 2017 com 92 anos. Iniciou sua carreira acadêmica na Universidade de Varsóvia, mas logo foi obrigado a deixar a academia em 1968, pois sua obra tinha sido proibida no país. Partiu para a Inglaterra onde assumiu cargo de professor na Universidade Leeds. Com mais de 50 obras publicadas, ficou conhecido, principalmente, por trabalhos relacionados ao seu pensamento sobre a modernidade liquida. 
      Para ter uma melhor compreensão sobre esse assunto, é necessário voltar um pouco no tempo e entender sobre a modernidade, caracterizada por Bauman, como sólida, associada a conceitos sobre as relações dentro da sociedade e identidade pessoal, que trazem a ideia de se manter constante. Nessa modernidade os valores se modificavam em um ritmo lento e previsível, assim era possível ter algumas certezas e a sensação de controle sobre o mundo em relação a natureza, tecnologia, economia, entre outros.
Porém, com o surgimento de novas tecnologias e da globalização, o ser humano não conseguia controlar alguns processos do mundo, trazendo incertezas e remetendo a ideia de liquidez e mudança constante. Nessa transição do mundo sólido para o mundo líquido, Bauman chama atenção para a liquefação no mundo social como no trabalho, na família, no amor, na amizade e, por fim, a sua própria personalidade. Essa situação traz angústia, ansiedade e o medo líquido que como consequência traz o temor do desemprego, da agressividade, do terrorismo, de ficar parado no tempo.
      A modernidade líquida, não se confunde com a pós-modernidade, conceito criticado por Bauman. De acordo com ele, não há pós-modernidade, mas sim uma sequência da modernidade com uma substituição da solidez da época anterior pelo “líquido’’. Em uma entrevista para a revista Isto é, Bauman diz, “acredito que todos estamos cientes dessa situação, num grau ou outro. Pelo menos às vezes, quando uma catástrofe, natural ou provocada pelo homem, torna impossível ignorar as falhas. Portanto, não é uma questão de “abrir os olhos”.
      Acreditamos que existe mesmo o mundo líquido, pois as relações entre as pessoas dentro da sociedade e com a natureza, vem se modificando rapidamente de forma assustadora. Contudo apoiamos a ideia se não estamos num período da pós modernidade, estamos quase lá porque há muitas mudanças inexplicáveis ocorrendo ao nosso redor num ritmo contínuo. E você o que acha sobre isso? Deixe seu comentário.

 

 

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